terça-feira, 28 de junho de 2011

Como Fazíamos Sem Sabão

A humanindade descobriu o sabão há milênios - escavações na região da antiga Babilônia encontraram cilindros de argila datados de 2800 a.C. com resíduos de um material saponáceo. Em um deles está gravada sua receita - uma mistura de gordura animal fervida com cinzas de madeira. Mas desde então foi um produto de extremo luxo (afinal, mais urgente era usar a gordura na comida) que só se popularizaria com a Revolução Industrial.
Em Roma, os cidadãos se esbaldavam na água. A partir do século 2 a.C., o Império começou a construir banhos públicos, onde ricos e pobres podiam se exercitar, tomar banho, fechar negócio, fazer compras e eventualmente usar os serviços de prostitutas. Nesses verdadeiros spas, passavam pos saunas, piscinas quentes, frias e pela esfoliação com o estrígil - uma espátula de ferro que raspava a pela untada com oléo e comberta de areia ou barro.
Já na Idade Média, a Igreja encafifou com o erotismo dos banhos públicos. A solução era sse limpar com um pano úmido - e de tempos em tempos trocar de camisa. Mesmo passada a idade das trevas, o sabão continuo sendo um artigo exótico - tanto que a aristocracia francesa do século 17 partia os perfumes para disfarçar seus cheiros.
Ao chegar às Américas, os viajantes europeus encontraram nativos supreendentemente apegados à água. Else podam não conher o sabão, mas com tanto calor, banhavam-se várias vezes ao dia.
O momento decisivo para o sabão foi o século 19. Discutia-se se suas propriedades emulsificantes eram essenciais para a higiene ou se só irritavam a pele. O sabão saiu vencedor num momento estratégico: descobriu-se o processo para obter a soda, usada no lugar de cinzas, e novas máquinas levaram sua produção do fundo dos quintais para as indústrias. Foi assim que ele entrou para nosso dia a dia.
Daniel Cardoso, "Como fazíamos sem ... sabão". Aventuras na História, página 24, edição 96, julho de 2011.

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